ARIZONA UNITY CHURCH


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As tradições do Natal


Menino Jesus
Oh! Meu menino Jesus...
Oh! Meu menino tão belo
Logo vieste nascer
na noite do caramelo...
Entrai pastores! Entrai...
Por esse portal sagrado
Vinde ver o Deus Menino
Numas palhinhas deitado...
Entrai pastores! Entrai...
Por esse portal a dentro
Vinde ver o Deus Menino
No seu santo nascimento...
Coro:
Natal! Natal!...
Natal! Natal!...
Filhoses e vinho
não fazem mal...
Eu hei-de mandar fazer
Uma fita p'ró chapéu
Também ele me há-de dar
Um lugarzinho no céu..
Alegrem-se os Céus e a Terra
Cantemos com alegria!...
Que já nasceu o Menino
Filho da Virgem Maria...
O Natal na Beira-Baixa
O Madeiro




A tradição que aqui descrevo é da vila de Penamacor (minha terra Natal :)) Se gostam de vilas antigas (foral de D. Sancho I) vão até lá e divirtam-se.
Uns quinze ou vinte dias antes do Natal, os rapazes novos que vão nesse ano às sortes (vulgar inspecção militar) movidos de um sentimento tradicionalista, que nunca esqueceram, juntam-se e lá vão campo fora em tractores (antigamente iam com juntas de bois) a fim de arrancarem o "madeiro" (grossos e volumosos troncos velhos dos sobreiros mais secos, cujo tronco velho já abrigou, no seu seio, dezenas de gerações) que, como em anos anteriores há-de arder no meio da praça, junto à Igreja Matriz (S. Tiago). para aquecer o Menino.
O entusiasmo domina todo aquele punhado de gente, desde que se começa a cortar o "madeiro".
Carregam-no para cima dos tractores e põem-se em movimento.
E aí vão eles a caminho da vila, sete, oito ou mais tractores, bem carregados, ao som de confusa algazarra e constantes vivas ao "madeiro".
cortejo chega finalmente à praça. Todo o largo depressa fica repleto de gente, que cheia de curiosidade, vem ver que tal é o "madeiro" deste ano, e que, muito em breve há-de arder. As janelas das casas em volta estão apinhadas de gente de todas as classes e idades, para ver descarregar e admirar o tamanho e volume do ""madeiro"".
Irrompem então manifestações de todos os lados, aos simpáticos e valente rapazes, que para não deixarem extinguir o fogo de uma tradição muito remota, tão longe o foram buscar.
Durante cerca de 10 dias o "madeiro" fica exposto na praça, para que todos o vejam e admirem à vontade.
Chega finalmente o dia 24, dia em que se há-de deitar fogo ao "madeiro". É um dia aguardado com ansiedade..
O "madeiro" é regado com gasolina (antigamente eram colocadas muitas pinhas e palha) e este começa a arder. A multidão grita "arda o "madeiro" que ainda está inteiro>>. O entusiasmo é indescritível.
A noite vai caindo e o povo começa a recolher a suas casas.
O "madeiro" arde em altas chamas durante a longa noite de Natal e durante o dia 25. Pela tarde não falta quem apanhe uma cavacas acesas e as leve para casa, porque acreditam que representa qualquer coisa de sagrado, e isso basta para afugentar os raios e as trovoadas. É assim a tradição do "madeiro" em Penamacor.



