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No decurso de algumas décadas o pinheiro começou a ganhar espaço nas celebrações do Natal, usufruindo agora de um estatuto quase sagrado, embora não tenha nenhuma relação com a genuína cultura do mundo mediterrâneo, a que pertencemos, e onde nos integramos no plano civilizacional. Sendo cristãos (no meu caso de tradição católica), assimilámos esse costume pagão, inventado por S. Bonifácio, de encher o pinheiro de adornos, tais como bolas coloridas, estrelas douradas, fitas, etc., instalando-o num canto da sala perto da lareira (se existir). A verdade é que penetrou a fundo na rotina dos nossos hábitos mais recentes e não se observam indícios de que a moda seja passageira. Veio para ficar. Hoje em dia, a maior parte das famílias compra uma árvore para decorar a sua casa. Esta poderá ser artificial "pinheiro nórdico" ou o natural e tradicional pinheiro português. Actualmente encontram-se no mercado vários tipos de pinheiros, desde os naturais, (que causam transtornos ao equilíbrio ecológico, dado à destruição alarmante dessas árvores em pleno processo de crescimento), aos artificiais feitos de materiais sintéticos que se desmontam e se guardam até à próxima época natalícia. O comércio dos pinheiros pode ver-se em grandes armazéns, mercados e à beira da estrada em tendas. A própria procura da árvore, entusiasma adultos e crianças e o ritual dos enfeites faz parte dos festejos. As decorações ficam dependentes da imaginação de cada um e nas famílias cristãs portuguesas é obrigatório o uso das bolas e fitas coloridas, e tendo no cimo uma estrela " A estrela de Belém". Começa também a ressurgir em Portugal enfeitar a árvore de Natal com laços vermelhos e dourados, que é uma tradição da época vitoriana. Mas nós cristãos não podemos deixar o presépio para segundo plano, porque ele, de facto, é o símbolo mais importante do Natal. E existem, como todos sabemos verdadeiras obras de arte.

A árvore de Natal

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